E num sentido desfigurado vivo num caleidoscópio inconsequente como se procurasse uma mensagem oculta e indecifrável num ritual macónico.
Entro em espirais inconsequentes;de repente vou sendo interpelado por um assobio:
- Quem és tu?
Movo-me em direcção a uma cidade fantasma e o meu telefone toca e não o consigo escutar, de repente, como se de um anjo salvador se tratasse
escuto a voz do sangue do meu sangue:
- As flores têm mais beleza quando não estão intoxicadas e são puras como a neve, perguntam-me:
- Onde estás?
- Que fazes?
Eu continuo sem direcção á procura de sentimentos ocultos num qualquer teatro de marionetas assombroso ou em fitas animadas com alma
Fico impávido e sereno com a quantidade infindável de comunicação existente (inexistente)
- Os olhos sempre falaram melhor do que a mente
Vai-me trauteando um velho com os seus olhos cheios de vida.
Sou interprelado por funestas tradições de outrora onde o que é real passa a ser descalço, sempre rua abaixo ou acima tento vislumbrar magia inexistente.
Escuto canções, visiono filmes, procuro agulhas em palheiros:
- ESTOU FARTO DE NOMES
Vou gritando para mim mesmo
Volto a deambular por ruas estreitas e nada convulsas e sonho com uma cidade que já não existe; percorro o seu nome com o meu sangue, quase como se tivesse sido encostado á parede
e de repente, sem nada o fazer querer obtenho a seguinte pergunta:
- Onde estão os iluminados deste século ou milénio?
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