Monday, June 30, 2008

Códigos por assimilar

E escutando vozes lançadas ao vento, encontram-se fenómenos de correntes em qualquer poesia pagã.
- Sou o rio que te tortura até á exaustão.
- Sou a corrente que te abraça enquanto o teu caixão se revolve.
- Como o pão amassado por Hérmes.
- Sou uma multidão de portugueses que navegam num frenetismo inconsequente qual ULISSES a percorrer a atlântida majestosa.
- Sou mais que um GRITO..
- QUERO SER O TEU RITO.
Num abraço nada atroz e demasiado majestoso para ser consequente, sombras levam-te ao limiar de um racionalismo invertrebado:
- És uma mera caixa de fósforos.
- És uma borracha que apaga sem riscar.
- És um lápis inconstante que desata a ser um mero gatafunho.
- És uma caneta sem tinta.
- És um boião que se esvazia.
- GRITA...
- ESVAZIA OS TEUS PULMÕES..
E sem códigos por assimilar ou ondas de ataques desmesurados, só sabes de uma coisa:
- A luta não tem sentido, senão souberes pelo que é que lutas.

Sentidos Figurados

E num sentido desfigurado vivo num caleidoscópio inconsequente como se procurasse uma mensagem oculta e indecifrável num ritual macónico.
Entro em espirais inconsequentes;de repente vou sendo interpelado por um assobio:
- Quem és tu?
Movo-me em direcção a uma cidade fantasma e o meu telefone toca e não o consigo escutar, de repente, como se de um anjo salvador se tratasse
escuto a voz do sangue do meu sangue:
- As flores têm mais beleza quando não estão intoxicadas e são puras como a neve, perguntam-me:
- Onde estás?
- Que fazes?
Eu continuo sem direcção á procura de sentimentos ocultos num qualquer teatro de marionetas assombroso ou em fitas animadas com alma
Fico impávido e sereno com a quantidade infindável de comunicação existente (inexistente)
- Os olhos sempre falaram melhor do que a mente
Vai-me trauteando um velho com os seus olhos cheios de vida.
Sou interprelado por funestas tradições de outrora onde o que é real passa a ser descalço, sempre rua abaixo ou acima tento vislumbrar magia inexistente.
Escuto canções, visiono filmes, procuro agulhas em palheiros:
- ESTOU FARTO DE NOMES
Vou gritando para mim mesmo
Volto a deambular por ruas estreitas e nada convulsas e sonho com uma cidade que já não existe; percorro o seu nome com o meu sangue, quase como se tivesse sido encostado á parede
e de repente, sem nada o fazer querer obtenho a seguinte pergunta:
- Onde estão os iluminados deste século ou milénio?

Sunday, June 29, 2008

Mitos em Lisboa

Qual voz desbragada por tantas facadas multiplas que vai levando; o rouxinol vai-se desmultiplicando num conto para crianças que não é somente uma mera lata desconectada...
O seu som é uniforme, linear e transparente...
 Escrevo com uma estrutura cadente disforme, enquanto oiço zumbidos na minha cabeça e o meu coração vai-se desmultiplicando em mil pétalas das melhores flores campestres..
Observo flores estendidas sobre a relva que me vão acariciando como um borbulhar de inuendos em convulsão..
 Percorro a rua do ouro com um olhar triste, mas contente ao mesmo tempo.
Vou até Santos para ver formas animadas num conceito total de marionetas que se prendem á minha infância e ao desejo de a encontrar para não a voltar a perder.
Entro nos dominios da maçonaria misturados com poesia de Rimbaud, prosa de Jack London e contextos históricos infindáveis (até a lenda de Avalon vai sendo desmultiplicada)
Curioso sentir novamente veneza na sua forma astuta e recordo-me de que os gatos lá são venerados devido ao facto de terem salvo esta cidade da peste negra quando os ratos as traziam dos seus barcos.
Viro marinheiro com o futuro por definir e com imensas sinas por revelar:
- O PRESENTE É O QUE TENHO...
- O FUTURO É O QUE SONHO...
- O PASSADO TENTO ESQUECER...
E entro nas livrarias á procura de mitos e do cheiro açucarado de trocadilhos constantes de fusões de cultura santificada ou mesmo de terra para cultivar (quase sendo parte do papel sem o ser num abraço eterno com o mesmo)
No dominio do SONHO vislumbro Saint Germaine como um mortal fugaz, vou sentindo uma maça na minha boca rouca...
(Esqueci-me FUCK I DON'T HAVE A FUCKING FAG)
Entro numa onda sinuosa de religião em decadencia, pedindo ao deus pã clemência na serra de sintra (onde pernoitaram Lord Byron ou até o Christian Andersen)
Sonho contigo INVICTA e com o teu beijo imerso na minha face, será que sou um ex libris teu ou és tu que me chamas sempre num pedido de ajuda involuntária...?
A música entra no meu dominio estelar e composto de objectos unificadores de parábolas consequentes.
Lembro-me de clips que seguram papéis, canetas que não escrevem, de um administrativo sem caneta e cansado...
- Ai que a tua saúde mata-te, RAPAZ.
Qual eterno deambulador nos balões da hemisferia contextualizada vou lacrimejando sobre pedras:
- Was kann ich mache?
- Oú est l'oiseau qu'ira m'amener oú je veut?
- I need peace of mind and an united heart.
Sou um papel que se transforma em fumaça ardente...
Vagueio e observo os olhares das pessoas em pleno CHIADO...
Fito a chuva num crescendo emancipado...
Sei lá o que faço por aqui, será que busco ou busquei a minha identidade perdida ou será que percorro o meu destino já traçado?
A chuva cai sobre a minha cabeça e o pardal vai entoando um cântico concreto...
- Sou uma árvore que deu frutos..
- Sou uma pedra que chora...
- Sou um mero rouxinol sem corda...
E penso num amanhã nada ilusório, no qual quem me irá encantar, não serão musicas ou mulheres bonitas, mas sim bonecos que se movimentam com a ajuda de outras mãos que os apoiam, pois a metáfora da infância nunca foi insolente...
And on dreams we live...
 And in words we parade...
And with images we do create...

Joy WONDER

A river's more than a mere river...
A stone's more than a mere stone...
A leaf is more than a mere leaf...
Water's more than mere water...
A bird's pasing by on a river of wonder and he does say:
- I'm more than a bird.. I've a soul filled with life.
Sometimes without him knowing it, a Goddess fills its beak with the nectar of the Gods themselves and she whispers softly to him:
- Where are you little birdie?
- Tell me why your soul is filled with magic..
The bird flies away (as he always does) not knowing where its fountain is, but searching for its origin where it should belong..
A mere cry or a mere whisper is more than a false note or an echo that disappears on the landscape.
The bird whispers:
- Are you there?
- What have you done to the river?
- Where are the images or the words spoken towards more than a mere whisper?
- I don't know where I should go or what to see.
Replies the rock.
- I do remember a dinner and feast for the soul.
Says the tiny little flower towards a garden.
- I do remember movies, I do remember lines, I do remember phrases, but what's that without love?
Replies the leaf to wind.
The wind chimes with all its strength:
- It's hot in here.
- It's dark in here.
- It's cold in here.
- I need a fag,please.

Thoughts about polly JEAN harvey

01

- I'm JUST plain OLD harvey, WHAT do YOU want FROM Me?

02

- ONCE again, I'm YOUR polly TO BE. 
- DO you WANT me or JEAN or is IT harvey OR even MORE so: POLLY jean HARVEY
- YOU do CHOOSE...

03

- I do DRINK my TEA, can't YOU see IT? 
- BUT i'm YOUR BRIDE to BE..

04

- I'm YOUR story FROM the SEA... 
- I'm YOUR wisdom TO be...
- I was IN your TOWN, where WERE you?

05

- I'm POLLY, can't YOU see IT?

06

- I do GAZE at YOU, why DON'T you GAZE at ME?

07

- WHY do YOU want TO be RID of ME? 
- Can't YOU figure OUT that I'M your BEST dream? 
- What's UP with YOU, NICK?


08

- I'm YOUR most WELL kept SECRET... 
- I'm JEAN, DO you want ME to SCREAM for YOU?

09

- I do MARVEL on THE stories THAT you TOLD me FROM the CITY, but WHERE'S the SEA? 
- I'm plain TO see.

10

- What AM i THINKING of? - Am I POLLY or JEAN?

11

- I'm PLAIN me... 
- POLLY jean HARVEY, Do YOU want EVERYTHING of me? 
- YOU MUST FIGHT FOR IT.

12

- I'M your WHITE chalk... - I'm THE chalk WHERE you WILL paint YOUR words IN my BOARD.

13
- I'm YOUR angel TO see... 
- I'm YOUR pigeon TO be...
- Where ARE you NICK?