Saturday, May 19, 2007

Maré ensombrada

No meio de sons entrecortantes; as incidências diárias vão sendo continuadamente aglutinadas.
A felicidade é demasiadamente englobada em contextos de verossimilhanças que vão sendo cortadas numa fina membrana de papel a ser dilacerado.
Escutam-se guitarras a tornarem-se demasiamente incidentes.
A maré vai sendo despojada de um qualquer artefacto mediático; as sombras vão servindo estruturas de uma forma cordial e intermitente, as janelas vão sendo descritas e polvilhadas num qualquer desleixo inconsequente.
Os mitos urbanos vão sendo devidamente encadeados; escutam-se telefones a tocar incessantemente e vozes a marcarem encontros pontuais.
Todas as sonoridades que pausadamente nos transmitiam sentimentos texturais vão sendo delimitados de crescendo em crescendo.
O tempo vai passando fugazmente; as vozes vão sendo cruzadas num diálogo simbiótico.
As conversas vão sendo atiradas para um vácuo desligado.
Os sons que permanecem caóticos e desmembrados; vão surgindo num eco com uma precisão acutilante e deslumbrante.
Brigadeiros surgem num escoamento de estrelas mirabolantes.
O fumo surge continuadamente ESBATIDO........

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