Tuesday, January 15, 2008

Engodo

E num godo daqueles que se apanham na areia numa qualquer planicie ou vale desaparecido, as folhas começam a aparecer com semblantes carregados, formando relva que nunca passa mais do que mera erva daninha.
Nota-se uma convergência entre um triângulo, um rectangulo e um circulo:
Triângulo : Três pontos, a que propósito? três não é sinónimo de multidão?
Rectângulo: eu tenho quatro pontas, a conversa circula entre todos, mas os dois lados estão sempre mais próximos um do outro e os outros dois mais longinquos, mas consegue-se fazer o que quisermos com eles.
Vai balbuciando o rectângulo.
Circulo: qual mito de Ourobouros ou de serpentes emplumadas?
Qual aliança num qualquer dedo?
Sou somente um círculo que depende vários círculos.
Na planície ou no vale longínquo, eles começam a encaixarem-se uns nos outros e a utopia nunca foi ilusória, notamos primeiro num triângulo, depois num rectângulo a tentar sobressair e finalmente num circulo que os vai cobrindo a todos com uma ideia exacta que o sonho é criar círculos e nunca andar a planar em vales ou superfícies, qual asa delta, sem energia.

No comments: