Thursday, February 15, 2007

Canto Agreste

Que farei eu com esta caneta?!
Que memórias poderão ser rebuscadas aqui e além?!
Diferenças pontuais são marcadas em pequenos episodios rocambolescos.
Fotografias vão e vêm, como se de pequenas memórias ou recordações se tratassem, dá-se espaços a lugares incantatórios, desolados, mas demasiadamente belos ao mesmo tempo.
Enfaticamente, vão deslizando relampejos fugazes de luzes entrecortantes, no espaço da memória.
Bálsamos infundidos de pequenas flores sensasoriais, cheiros denotantes de crescendos emocionais, atavés de pequenas fissuras entreabertas, enquanto estatitamente observamos vastos corredores de memória; percorremos quilometros de ânsia em frenesim, à procura de texturas ou tactos maleavéis á força motora de imagens visuais e sonoras, sendo transmutadas para outros espaços e fragmentos de tempos; denotamos com uma nitidez ilusoria, actos reflectidos com precisa exactidão; através dos sucalcos que permanecem absortos em batidas ligeiras e suaves, vamo-nos aproximando de efabulações constantes, remetidos para um constante aprivisionamento de imagens presas disformes ou informes, o que é necessariamente digitalizado, perde a sua coerência textural e sentimos uma maneabilidade do tacto a escapar-nos, sem disso nos darmos conta.
Através da opacidade da tinta; as palavras vão sendo entrecruzadas num sem fim de pensamentos, escutares maresias suaves a embater lentamente nos rochedos que as vão acariciando, como se de um acto intimo e sexual se tratasse, as folhas de papel permanecem iguais a si mesmas, estáticas e com ânsia de denotar aparentes ruidos circulares e navegantes, a memória vai aparecendo aqui e ali num rol infindável de nomes e conceitos cruzados.
Paralelismos inquietantes vão sendo dilatados na imensidão da noite, dada á ausência de ruidos, onde impera de forma majestosa o silêncio; que poderá dar origem a sinais claros de pensamentos e sementes a brotar

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