Thursday, February 15, 2007

Nada

Escolhendo um local
imaginando uma paisagem
por entre flores adormecidas e pentes aguçados
cabelo que desliza ao vento suavemente
um som de um rouxinol faz se escutar
um grito na escuridão é sentido
uma ideia abstracta passa de ideia a conceito
de simples a vulgar
de vulgar a extrema
enquanto deslizamos pela paisagem, no meio de nenufares humedecidos
descobrimos textos perdidos
sons por conciliar
cheiros para amar
por entre as brumas do silêncio e da memória
no alto de uma encosta, um lenço voa ao sabor do vento
o chapéu enlaça se no vento
e as trevas permanecem obsoletas
enquanto as atitudes são inactas
querendo uma atitude
obtendo uma resposta
a uma pergunta
indagamos suavemente
por entre os escombros nocturnos e sombrios
onde estamos?!
quem somos?!
Adormecemos palpitando cores luminosas
acordamos a preto e branco
encontramos os refugios nos barcos que circundam as cidades
por entre água gélida e sombria
obtemos olhares e sorrisos
O prazer existe na imensidão sonora e fisica
por isso a caneta agarra o papel afincadamente
e tortura o sem dó
gritando qual criança desnaturada
a plenos pulmões
o papel vai queimando com a tinta
e esquecemos quem somos ou para onde vamos
a existência permanece espiritual
A junção é extrema
A união absoluta
Em campos verdes encontramos paz e tranquilidade
estamos lá
o papel diz para a caneta: sente-me
A caneta diz para o papel, sente-me
no meio destas confusões de sentimentos
um avião plaina no ar como
se de uma borboleta se tratasse
nós olhamos para cima
acenamos, dizendo adeus
e pernoitamos nos montes verdes
comendo raizes e bebendo água
o suspirio termina e no fim ninguém sabe de nada.

1 comment:

Unknown said...

Nas asas da borboleta...

Corremos atrás dela...
Conseguimos quase apanhá-la...
Escapa de novo...
Voltamos a correr...

Voamos juntamente com a borboleta.

Remember?!