Wednesday, February 7, 2007

Les coques chantent

Na imensidão do meu quarto, escrevo incessantemente.
As brumas da memória vão aparecendo, os primeiros raios de luz atingem o luar.
Les coques chantent et m’amusent, comme une cacophonie frénétique.
Por entre os longos corredores imemoriais, pelos trilhos procuro o equilíbrio.
Savage, wild, screw loose.
Loose as a bird as a dove that’s watching and penetrating me. 
It’s wild gaze turns me compassionate and I give it some loaf of bread, some food for fights.
To be able to fly, to watch the horizon, to feel the sunset.
To enter new dominions, to taste flavours untested, to feed on the city.
I feel inside my nostrils, the scent of white, pure and unforgettable desires.
They conquer memories, they feel das stadt wie niemand. 
The statues don’t have secrets for them. 
The paved streets, feel their caress, as they fall and fly. 
 They search true meaning, they fight for their space, they’re messengers that don’t fall apart.
How can I watch them?!
How can I feel their wings?! 
How can I go where they go?!
Do, what they do, live to forget, trying to recall a phrase, trying to postpone something that goes inside circles.
Gaze at the stars, feet on earth, provide or be provided.
Num esgar, num passar, num murmúrio, num sussurro, um lento ruído vai-se ouvindo, deslocado como o tempo, fragmentado como um puzzle.
No frenesim constante de luzes e carros elas estão lá, elas permanecem, elas são.
Na noite sobre, sob os telheiros, na chuva ao frio, são a cidade, são o espirito e o tendão de Aquiles, numa sociedade que não conhece, somente ignora a sua passagem, o seu voo.
Onde começa a cidade e acaba o espirito ?!
Within we find what we were looking for, a simple gaze, a whispered word, uma música sussurrada.
Where does the windows betray us?! 
In the white?! 
In the blue?! 
In the brown?!
In the green?! 
In the black ?! 
In its colours ?!
Where do curtains remain ?! 
Where can we open doors?!
Where’s perception gone?!
Where’s the soul?! Where’s the tormented child?! 
Where’s the tempest?!
Where’s the rush?!
Elas vêm e voltam, aparecem e desaparecem. 
Por entre olhares furtivos e cansados a paz retorna, e as questões vão-se desmoronando.
No infinito buraco, no azul vivo, nos pântanos lamacentos, nas estradas.
O simples continua obsoleto e o ruivo aparece, desbotado e desinteressado.
As lâminas fulcrais aparecem, quais adagas fulminantes, e o linho continua enrolado e a mente dispersa numa procura sem motor de busca, da qual não fazem parte os pontos, pois estes não a conseguem assimilar. 
Por isto o êxodo dá-se, a migração continua.
Um ciclo começa e o outro acaba, tantas perguntas indagadas e indignadas, as quais vão-se misturando com cabelos, olhos e penas.
O cisne, desaparece, a criança grita e voa, permanecendo estática no confim de um habitante encéfalo, num distante grito de libertação, num apelo constante pela fonte, pelo sal, pela tosse, pela fragilidade, num corpo inerte, que permanece igual a si próprio, cheio de princípios, virtudes e nefastos prazeres.
O suculento prato. 
O suco esvai-se e permanece obsoleto, sem ideias, sem alguém para fornece-lo, sem ideias ou ideais aparentes ou ilusórios.
A essência continua cheia de tabus, medos e angústias e não consegue compreender a sua passagem, o seu voo, a sua liberdade.
Sobre um olhar nativo, permaneces inactivo, e perplexo pelo que te rodeia e pela existência de algo que não entendes, nem procuras, porque esse facto não pode ser dissimulado, a abstracção deve continuar, e o vazio permanecerá por entre décadas e décadas em que o superficial continua contigo.
A concepção de um ser, de uma existência paralela é um mito, pois este é entupido por valores irrisórios e estúpidos, uma não existência, um local que não conheces, um território virgem, o qual tens medo de o percorrer.
Les lettres d’amour sont trop difficiles d’écrire.
Tu peux voir ce que tu ne vois pas, tu peux vivre sans être aveugle.
O essencial permanece correcto, a ilusão e o medo existem, o salto fatal. A queda. Ossos quebrados, confiança abalada.
Nos edifícios espreitam e sonham com o básico e o primário, uma luz num corredor, uma porta ou uma janela semiaberta.
O aconchego, o conforto, a busca da emancipação, o controlo do poder visualizar e abraçar num abraço contínuo e apertado.
Num sentimento inexistente, numa carícia que não passa de uma delícia, um rebuçado tóxico impregnado de texturas invisíveis.
Um crocodilo achatado e comilão que se senta e permanece obsoleto.
Faerie land is over there, can’t you see it ?!!!
All those goblins exist; the enchanted prince and princess exist.
Unicorn exists.
There are lots of frogs to swallow, but the distance can be shorter by a blink of an eye, by a finger knot.
The shortest route, the yellowed route is over there, such a short distance...
A balança escurece enquanto a torre continua viva, o farol está iluminado.
Elas abraçam-se e sentem um calor imenso, tentam abri-las fugazmente e partem.
Niemand verstehen. Du muss das finden.
Sie koennen mir treffen.
A ordem natural vai aparecendo e desvanecendo, poeira e tinta.
O fogo incendiário dos seus cabelos permanece intocável, os seus olhos tocam-me e eu sinto um constante frenesim á volta de ideias paralelas, de prisioneiros acorrentados no tempo de chamas que vão apagando, de encontros e desencontros.
Com uma postura séria e descontraída, observas, qual Zeus na sua fortaleza e encontras nas masmorras mais sombrias, um sopro, um sugar de uma existência, o fortalecimento da mente através de contactos.
O tacto mental continua, o cheiro permanece impregnado na tua roupa.
As aves estendem-se, os animais nocturnos aproximam-se e o zumbido que te parecia imperceptível, parece mais audível.
Na noite incendiária acontecem delirium tremens e calor incessante que não apaga, somente ajuda a esquecer algo que dominas / não dominas.
Como um pardo estendes a tua pele, e tentas fugir para outra existência, vestindo essa mesma pele, mas a essência permanece e as máscaras vão desaparecendo e aparecendo, sem haver um conflito de pedras com máscaras e máscaras que escondem pedras.
In the foggy night you’re there, in the morning you’re there, but I have forgot you, I don’t know which mask have you on.
Zieht dir mich. Gibt mir dein kopf, Ich will eine name, eine seele.
Hoert dir mich. Verstehen dich nicht mir.
Meiner strasse, deiner stadt, das flug das wir mussen machen und kann nicht mehr haben, weil es nicht wichtig ist.
Du bist mich. 
Ich bin dich. 
Ich lebe in dir. 
Sie leben nicht in mir.
Ich rauche. 
Ich denke. 
Ich finde und ich das vergessen.
Die trauemen sind da. 
Du bist nicht hier.
Ich kann nicht dir finden.
Wie ein flugzeug, ich fliege, ich treffe dir nicht und ich will dir treffen.
O sangue é derramado e misturado na ânsia de encontrares um paralelo, um idealismo.
Seres um illuminatti como Voltaire.
Seres um refugo da sociedade como Kafka.
Seres um espelho como Sócrates.
Amares como Platão e compreenderes como Bachelard, para te tornares no conceito de Nietzsche.
The concept of idea, the general is in the cave in Morpheus library, where all is meticulously arranged in order.
Wo ist das muzzik ?!!!
Wo sind die wichtigen dingen ?!!!
Wo ?!!!!
Wer ?!!!
Wenn ?!!!
Warum ?!!!!
As amarras acabam, um novo mundo existe e os preconceitos e ideias generalizadas terminam.
O simples torna-se uno e o imperceptível fica perceptível.
A reunião do Olimpo. 
A imensa odisseia termina e ficas perplexo a pensar no simples que tudo isto era.

1 comment:

Clara Pacheco said...

Tu, o teu ser, a Vida, o Mundo, densa e intensamente sentidos de tal modoque senti-te!!!