Thursday, February 15, 2007

Luzes Fugidias

Permanecendo ocultas nos recantos mais reconditos da memória; elas vão sendo filtradas e inebriadas, quais pirilampos em assomro constante.
Essas luzes perseguem um caleidoscopico imaginário, num céu coberto de algodão doce.
A chuva vai-se debatendo sobre o vento e os vegetais; as luzes escorrem na imensidão do tempo e espaço, a alegria inebriante, transporta-as por entre feixes multicoloridos de acções/reacções extemporâneas, quais luzes absortas em torrentes de lama, a absorção permite uma constante mutação de espasmos salivares que vão sendo tragados e semeados por ventos ocultos, a repentina mutação desconexa de movimentos circulares vai-se metamorfoseando em correntes de palavras que nunca serão luzes, mas sim papel a ser escrevinhado.
As luzes sorriem e riem, apesar de torturadas ad infinitum, no entanto, enquanto o ar é limpido e percorrido, as luzes continuam a fugir, pois elas sabem que toda essa imensidão de cores e imagens escatológicas, sorrrirão em unissono, tornando-se na estrela mais cintililante que há-de alguma vez percorrer o horizonte.

No comments: