Thursday, February 15, 2007

No limiar da luz

Por entre sombras e espaços verdes, um gato negro aparece e desaparece, deixando um rasto fugidio, um aroma intenso, na imensidão etérea de uma luz febril.
- Porque é que anoitece?!! : Balbucia o gato desesperadamente para a sua fiel companheira.
Entre paralelos oblíquos e luzes que fogem, o cimento vai se tornando débil e acinzentado.
A chuva cai verticalmente, a catedral soa as imensas horas de suor e cansaço.
No musgo esbatido, nas cores debatidas, nos limites das sombras. A luz vai aparecendo e desaparecendo, como se de uma vulgar borboleta se tratasse.
A história permanece inalterada e no fim, a tinta ESVAI.

1 comment:

Unknown said...

O cansaço que perdura enquanto as horas vão batendo, enquanto o tempo vai passando.
A esperança mascara-se de luz fugidia, difícil de ser vista.
Palavras doridas e dolorosas, que nascem esvaídas em tinta.