Thursday, February 15, 2007

Intermitências


Num vagar que se vai deslumbrando constantemente; nota-se a tepidez, mãos frias que vão rasgando o vento, consoante a velocidade constante que nos vai aparecendo e desvanecendo, por entre folhas cobertas por ponteiros de relógio invisiveis, verifica-se que o nobre e o ilustre tom pautado que se vai tornando acastanhado; as mãos pensam pausadamente no vento, enquanto acariciam copos que vão formando circulos e circulos, como se de um jogo de xadrez se tratasse, através das sementes, encontramos as ditas intermitências casuais que não são inócuas, acende-se um fósforo com o propósito de ser mais um utensilio; as mãos vão servindo o seu propósito aqui e ali; apesar do aparente gelo e frio que se abate sobre elas, o afago é constante e nunca ilusório.
Temos o fósforo; temos o(s) copo(s), utilizamos faca, garfo e colher por esta (des)ordem; o paladar é refinado, todo o sal aparece prostrado frente ás mãos que vão tentando obter uma forma onirica; através de jogos de sombra; contemplamos, teatros kabuki, marionetas ou simples origami, introduzimos de forma concreta e literal todas estas peças do puzzle na nossa mente, enquanto as mãos continuam no seu labor constante, apesar da constante movimentação de todas estas intermitências.

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