Thursday, February 15, 2007

Montes inversos

Entre colinas descaidas e verdejantes, o sol continua enclausurado numa membrana semi-óptica.
Desvarios, devaneios, amplitude latente nos cordéis fiéis que trazem ocultos no ventre uma sensibilidade inconstante, percorrendo vales imersos em chuveirinhos e aguaceiros que desperdiçam farrapos inconstantes que estão convultos na chuva que despedaça horizontes desvanecidos em correntes utópicas sem ligamentos; sem conduta aparente ou desvanecente.
O desanuviar de ideias paralelas e concretas; por isso mesmo a aleatoriedade é um sinal único de permanente tinta esvaida em sucos intermitentes.
O amarelo é dissolvido e aglutinado pelo branco de folhas que gritam; enquanto perduram num turbilhão de sensações e emoções obsoletas, que nos vão transformando em larvas decadentes que aspiram a ser borboletas esvoaçantes.
Na magnitude do ôpus magnum, a ininteligência permanece oculta entre barricadas de paralelos ascendentes e descendentes.
Onde para a flor campestre, do azul limpido das tormentas?!
Na ressureição encontramos iânimo para abafar caleidoscópicos cristais de água limpida que se vai misturando com lava e pedras salgadas; na imensidão do poente, nota-se o crescente sorriso melancólico de uma aragem tépida de aparelhos circulatórios, carregados de oxigénio disperso em caligrafia crescente.
Tenta-se uma; tenta-se duas e esquecemos horizontes vagos e vazios de memórias albinas e celestes em constante ebulilção.
Em firmamentos circundantes, descobre-se buracos negros sem sombras e de repente interrogas-te:

Quem és?!
O que fazes?!

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